A cristologia ortodoxa não admite apenas a crença nas duas naturezas plenas em Jesus, a divina e a humana. Mas, para além disso, dá atenção primordial ao fato de que a humana, em especial, não foi apenas uma espécie de pacote da divina. O invólucro do Logos. Sem vontades, limitações, POSSIBILIDADES e emoções humanas.
A humanidade de Cristo não podia ser um faz de conta. Muito menos sua vontade humana diluída na divina sob a perspectiva dos defensores da santidade essencial que defendiam a inviabilidade de Cristo ter vontade humana.
Nesse sentido, cabe observar a importância da perspectiva bíblica que emite implicações à fé na crença de que Cristo viveu a experiência humana:
1 – Se Cristo viveu a experiência humana, seu Sacerdócio é eficaz:
Sobre isto, tem-se o que registra o escritor aos Hebreus 4.15:
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; mas um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado
E Louis Berkhof observa o seguinte:
Unicamente um Mediador verdadeiramente humanos assim, que tivesse CONHECIMENTO EXPERIMENTAL DAS MISÉRIAS DA HUMANIDADE [...], poderia identificar-se com toas as experiências, provações e tentações do homem (BERKHOF, 2012, p. 293).
2 – Se Cristo viveu a experiência humana, sua intercessão é eficaz
"Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou melhor, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós (Rm 8.34)
Considera-se o que registra Millard Erickson:
Além disso, o ministério intercessor de Jesus depende de sua humanidade. Se ele foi verdadeiramente um de nós, experimentado em todas as tentações e provações humanas, então é capaz de nos compreender e ter empatia conosco em nossas lutas como seres humanos (ERICKSON, 2015, p. 680).
3- Se Cristo viveu a experiência humana, ele tem autoridade para ser exemplo:
Fp 2.5,11: "E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.[...] E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz".
Nesse sentido, César Moisés e Céfora Carvalho consideram o seguinte:
Ele se tornou plenamente homem para provar que nós podemos, mesmo com as limitações impostas por nossa natureza decaída viver uma vida de liberdade e santidade. E, ao conseguir vencer isso, Jesus se torna exemplo de homem perfeito (MOISÉS, CARVALHO, 2022, p. 1298).
O dogma da humanidade de Jesus é comprovada cientificamente historicamente e lógico biblicamente a arquivologia não deixa duvidas que ele nasceu e morou naquela região, esse fato não pode ser negado, nos dias atuais, o Jesus mítico deixou de existir ou muito pouco se fala a respeito.